A Tecnologia nos táxis

O emprego da tecnologia para monitorar atividades comerciais ou mesmo pessoas está cada vez maior. Os recursos disponíveis deixam qualquer programa de Big Brother para trás. E a vigilância eletrônica começa a chegar no serviço de táxi. Duas grandes cidades brasileiras já a adotam. E o Rio de Janeiro se prepara no mesmo sentido. Mas, se as pretensões eram vigiar o serviço até o advento dos jogos de 2016, pode ser que não ocorra.


O que as autoridades municipais do Rio de janeiro não previram é a complexidade deste processo. O Código Disciplinar da categoria foi estipulado no final de 2013, com a determinação de que a vigilância eletrônica fosse implantada antes de agosto de 2016. O tópico deveria ser regulamentado 90 dias após, ainda em 2014. O que não ocorreu. São muitos os detalhes ainda sem resposta.


A implantação de monitoramento dos táxis passa por medidas impopulares entre a categoria. Na prática, o Poder Público poderá ter acesso aos dados dos taxistas, como a arrecadação diária, por exemplo. Tempo de atividade e local também serão informações públicas, colocando a vida do taxista exposta em demasia.


Resta saber se há legitimidade para tudo isto. A legalidade da exposição dos ganhos de um profissional estará em discussão. Vivemos em um país onde existe a figura do sigilo bancário. Por que permitir conhecer os ganhos de um taxista por meio eletrônico? A questão certamente vai suscitar muitas dúvidas.


Por outro lado, o uso de recursos tecnológicos para inibir a prática da pirataria no setor de transporte individual também gera discussão.  Será de extrema valia os equipamentos e programas capazes de identificar a legalidade de uma viatura. Por mais invasiva que seja, a tecnologia pode proporcionar mais segurança, tanto para motoristas quanto para passageiros.


Belo Horizonte e Porto Alegre começam a adotar o monitoramento dos táxis. Duas capitais, dois caminhos diversos. Principalmente na questão de quem pagará a conta. Enquanto Porto Alegre cobra uma taxa do taxista para a manutenção do sistema de monitoramento do serviço, BH optou por um sistema em que o taxista deixa de ter custos mensais. Em compensação, a capital mineira conta com o identificador das digitais, a chamada biometria. Sem ela, o taxímetro não é acionado.


Muita coisa ainda está para ser definida. No caso do Rio de janeiro, a prefeitura terá que definir o que pretende com os cerca de 32 mil táxis. Diante de tudo isso, foi prematura a criação de uma linha de crédito para taxistas adquirirem taxímetros com GPS. Antes os órgãos municipais deveriam estabelecer qual o sistema será adotado na capital fluminense para o monitoramento dos táxis cariocas. Só aí poderá partir para os taxímetros.  Esta ordem invertida pode proocar mais gastos no futuro.

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