Esse é o transporte que o poder público quer oferecer à população?


Entre as autoridades, a moda agora é dizer que o transporte público deve ser incentivado. Prefeitura e governo do estado falam com orgulho dos quilômetros de faixas de ônibus pintadas nas ruas e dos pequenos trechos de metrô em construção. Após décadas de descaso e falta de investimentos, nossos governantes pensam que bastam latas de tinta branca para resolver o problema do transporte em São Paulo. Mas não é bem assim que as coisas funcionam...


No dia 4 de fevereiro houve mais uma confusão no metrô no horário de pico, às 18h30. Um trem com defeito causou a paralisação de todo o sistema, e alguns passageiros se desesperaram e abriram as portas de emergência. A energia elétrica foi desligada, e em um calor de mais de 38º, o ar condicionado parou de funcionar. Pessoas passaram mal, houve bate-boca entre usuários e seguranças, vidros quebrados, polícia militar, ameaça de bombas de gás na população, um caos.


Quem utiliza o metrô diariamente sabe que não são raros os problemas. Trens que andam em velocidade reduzida por causa de defeitos, causando lentidão em toda a linha, criam um efeito cascata. Outras vezes os usuários precisam esvaziar as composições, e ficam por um bom tempo aguardando a possibilidade de embarcar em outro trem, que já está lotado. Todos esses transtornos geram insatisfação e confusão.


Se o metrô apresenta falhas, o que falar da CPTM? Pergunte para um usuário regular o que acha da qualidade do serviço oferecido, e prepare-se para ouvir um impropério. Utilizar a CPTM nos horários de pico é desgastante, humilhante, amedrontador, e mais uma série de adjetivos ruins. É impossível não notar a falta de conforto dentro dos trens (principalmente em trens com vagões velhos) e a falta de ventilação (porque mesmo nos vagões novos com ar condicionado, o sistema de refrigeração não consegue dar conta da quantidade de pessoas).


A superlotação é desesperadora. Ficar próximo à porta no momento do embarque é um risco de vida, porque você pode cair no vão entre o trem e a plataforma e ter sérios problemas. Estar dentro do trem não melhora a situação, porque com as pessoas querendo (e precisando) entrar, você pode ser jogado, pisoteado e machucado.


E os ônibus? O risco de andar de ônibus em São Paulo é ser queimado vivo! Na Grande São Paulo, só em 2014 que mal começou, 45 coletivos já foram queimados. Agora, imagine uma pessoa idosa, ou com dificuldades de locomoção, tendo que sair às pressas de um ônibus cercado por vândalos que irão queimá-lo?


Esse é o verdadeiro transporte coletivo de São Paulo. É esse o transporte que o governador, prefeito, secretários, promotores e seus familiares deveriam utilizar diariamente em seus deslocamentos. Mas, como isso não acontece, a população continua sofrendo. E ainda corre-se o risco de proibir o tráfego dos táxis nos corredores. Revoltante!


Ocorrências semelhantes têm se tornado frequentes na região metropolitana de São Paulo. Desde o início do ano, foram registrados 35 ataques a ônibus na capital paulista, que terminaram com os veículos incendiados

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