Editorial - Um apelo em nome dos taxistas

Além dos problemas corriqueiros com os quais os taxistas devem lidar, como a concorrência injusta do Uber ou baixas tarifas cobradas pelos aplicativos de taxi, os trabalhadores estão tendo de se preocupar com a onda de violência que se alastrou na cidade.
Apenas na primeira semana de novembro, um taxista foi assassinado a tiros por um policial civil em uma discussão de trânsito, outro foi executado por dois ladrões após ser rendido em um supermercado, enquanto um motorista foi esfaqueado no pescoço por um adolescente sem dinheiro para pagar a corrida.
Essas são somente algumas das vítimas que perderam suas vidas nos últimos dias dentro dos veículos utilizados como seu ganha-pão. Infelizmente, já virou rotina para os taxistas lamentarem a morte de seus companheiros de profissão.
O editorial desta publicação é mais do que uma homenagem para Adriano, Claúdio e Leonardo, as vítimas mais recentes dos crimes contra taxistas. É um apelo e um pedido de solidariedade deste jornal para os familiares das vítimas, que perdem um ente amado e, por vezes, seu esteio principal, ficando desamparadas. A segurança em todo o país deve ser reforçada urgentemente. Cada vez surgem mais relatos de motoristas sendo vítimas de assaltos e crimes bárbaros. Isso deve ter fim.
Os familiares das vítimas e a sociedade merecem uma resposta a respeito dos crimes que vem ocorrendo, com cada vez mais frequência, na capital. A prefeitura da cidade deve mobilizar as autoridades e aumentar a proteção de seus cidadãos. E para que trabalhem com mais segurança, os taxistas devem se mobilizar e exigir dos novos governantes que continuem defendendo os direitos da classe. No momento, a redução da violência é uma exigência primordial.