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Taxista da Zona Norte pede socorro: dois táxis queimados em 15 dias por bandidos

No último sábado, 13/07, o taxista Alexandre da Silva Tinoco se tornou mais uma vítima da violência em São Paulo. Um casal de cor negra, com uma pizza, entrou em seu táxi no ponto 1915 (Metrô Tucuruvi), às 23h30 e solicitou uma corrida até o bairro Jova Rural, no Jaçanã. No final da corrida pagaram o que marcava no taxímetro e em seguida o taxista foi abordado por dois bandidos.

“Não houve tempo, para que eu saísse com o carro, os dois indivíduos armados me abordaram, retiraram meus pertences pessoais e me mandaram correr, sobre ameaça de tiros”, declarou Alexandre. “Auxiliado por um motoqueiro que passava pelo local fui até o 73º DP. Chegando lá fui informado pelos policiais que a delegacia possuía apenas duas viaturas naquele momento, com mais de 80 ocorrências para atender. “Por este motivo não me foi dada a devida assistência”, citou Alexandre.

“Diante da situação desesperadora pedi socorro ao ponto. Meus irmãos Mauricio e Amauri da Silva Tinoco, também taxistas, foram ao local no dia seguinte e encontraram o carro queimado a uma distância de 200 metros do local onde ocorreu o assalto. Antes de nos dirigimos ao local acionamos a polícia, que só compareceu duas horas após. Outro companheiro solicitou auxílio à Rota, que compareceu ao local, mas não prendeu ninguém”.

O taxi, um veículo Spacefox 2011, pertence ao Sr. Luiz de Gonzaga Almeida que, por já ter sofrido cinco assaltos, decidiu contratar o segundo condutor Alexandre para trabalhar com o seu táxi. Alexandre, mesmo com pouco tempo de praça, já foi vítima de bandidos três vezes: “Mas o pior aconteceu no último dia 13 porque, além do assalto, atearam fogo no carro”.

“Aqui estamos trabalhando sobre a mira dos bandidos, e após 20h o risco de assalto é grande. Depois que o Shopping veio para o Metrô Tucuruvi, a situação se complicou. As pessoas tomam o táxi para andar quatro ou cindo quarteirões, para não serem assaltadas. Precisamos de uma ação da PM nos táxis ocupados com passageiros. Por várias vezes, por estar desconfiando do passageiro, acendi o luminoso, passei ao lado de uma viatura e não fui parado”, protestou Mauricio, irmão de Alexandre.

Vítimas de assaltos se multiplicam

No mesmo ponto 1915 (Metrô Tucuruvi) o motorista Fausto Urives Scussel foi vítima de assalto no dia 27/06. Na Avenida Cel. Sezefredo Fagundes três adolescentes entraram em seu veículo e, no momento do desembarque, dois jovens armados com faca o renderam e fizeram com que ele rodasse com o táxi por aproximadamente 15 minutos. Após roubar todos os seus pertences os criminosos o abandonaram e atearam fogo no carro.

“Solicitei ajuda em um bar, onde aguardei mais de 40 minutos a chegada de uma viatura. Mesmo assim não vasculharam a região para tentar encontrar o carro, justificando que não podiam subir no local onde fui assaltado. Cheguei ao 20º DP e minutos depois fui informado que meu táxi estava pegando fogo na Rodovia Fernão Dias. Ao chegar lá estava totalmente queimado”, declarou Fausto.  

“Precisamos urgente de segurança na região. Levamos muitos passageiros para este local onde o carro foi queimado, que certamente têm medo de chegar até lá à pé. Agora nós estamos com medo, porque boa parte dos assaltos ocorreu neste local. O governador e secretário de Segurança Pública precisam tomar conhecimento e determinar uma ação constante da Polícia Militar. Os únicos que entram no local, e os bandidos respeitam, é a Rota. Segundo os PMs do 73º DP, as viaturas não sobem no local onde os taxistas foram assaltados”, protestou Fausto, que está disposto a abandonar a profissão.

“A Zona Norte esta completamente abandonada pela segurança. Os bandidos estão agindo com rigor e amedrontando a polícia. Quase todos os taxistas do ponto 1915 já foram assaltados e concordam que, após a chegada do Shopping Metrô Tucuruvi ao local, o índice de criminalidade aumentou, principalmente após as 21h. Roubo de celulares, documentos, cartão de crédito e qualquer pertence que esteja à vista dos bandidos são levados”, alertou Alexandre.

“Faço um apelo para que os taxistas prestem atenção ao local de desembarque dos passageiros e, de acordo com o horário, recusem corridas para regiões suspeitas. O que todos os taxistas pedem é que a polícia aborde os táxis quando estiverem ocupados com passageiros suspeitos. Às vezes com luminoso aceso e passageiro dentro do táxi, cruzamos com viaturas e não somos parados. Os bandidos têm se aproveitado da ausência da policia para roubar e assaltar quem vêem pela frente. Os que foram assaltados por ladrões disfarçados de passageiros relatam que os mesmos estavam com arma branca, faca, canivete, revólver, etc. Se tivesse uma ação da polícia abordando os táxis, muitos assaltos poderiam ser evitados. Eu mesmo já não trabalho mais à noite”, declarou Mauricio, irmão de Alexandre.

“Nós convidamos a Folha do Motorista, que é um jornal muito lido na classe e pelas autoridades, para que nosso protesto chegue ao conhecimento do governador, Secretário de Segurança Pública e comandante do policiamento da região. Sei que se o governador tomar conhecimento as mudanças poderão vir. Uma creche que poderia servir para as crianças está abandonada e serve de esconderijo para bandidos e drogados. Foi justamente lá onde o carro foi queimado. Ficamos sabendo que foi roubado um Carro da frota Jô- taxi, no Jaçanã, no mesmo local próximo a delegacia, nesse fim de semana. Como não temos à quem recorrer, pedimos ajuda ao jornal”, finalizou Mauricio.

 

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