Federação: uso das faixas de ônibus é uma prioridade para os táxis da cidade

A falta de apoio político aos taxistas da cidade de São Paulo está contribuindo para que as autoridades deixem de lado o serviço de táxi. “Os taxistas da capital tiveram a oportunidade de ter um excelente vereador a seu favor, Salomão Pereira, que mesmo sendo bem votado, com quase 24 mil votos, não se elegeu devido à divisão de votos. A classe perdeu a oportunidade de ter um representante político a seu favor”, citou o presidente da Federação dos Taxistas do Estado de São Paulo, José Fioravanti.

“No mínimo duas vezes por semana tomo táxi, e acho um absurdo as faixas de ônibus não serem liberadas. Este serviço é tão prioritário quanto o transporte coletivo. Somando os 34.200 táxis em circulação na cidade, e contando que cada taxista transporta 13 passageiros por dia, que é o mínimo, significa dizer que são transportados 445 mil passageiros por dia. É lamentável ouvir o Secretário dos Transportes, Sr, Jilmar Tatto, ir a uma emissora de rádio falar que o serviço de táxi não é prioritário. Um político que se coloca como representante do povo falar isso é desastroso”, protestou o presidente da Federação.

Fioravanti ainda diz: “Na minha concepção, por onde transitam os ônibus, também devem transitar os táxis. Não é admissível em uma cidade como São Paulo, que tem o trânsito congestionado a partir das primeiras horas do dia até as 22 horas, os taxistas não poderem atender os passageiros nas faixas de ônibus. Ninguém toma táxi para passear e sim para chegar mais rápido em seus destinos. Isso, com certeza, causa um grande prejuízo à classe, porque os passageiros vão deixar de tomar o taxi”.

“O Secretário dos Transportes e o Prefeito Fernando Haddad devem levar em conta que 35 mil famílias vivem do serviço de táxi nesta cidade. Se a política do PT é defender os trabalhadores, não poderia criar dificuldade para uma categoria que atende 450 mil passageiros por dia. Ao meu entender, desta forma, o PT não defende o trabalhador, pelo contrário, está complicando a vida de muitos. Sou favorável à criação das faixas exclusivas e corredores de ônibus, para dar um atendimento mais rápido ao trabalhador. Mas não podemos deixar de fora os táxis de uma cidade que tem 16 milhões de habitantes e tantos turistas que vem a negócios. Sempre que tomo o táxi a queixa é uma só: os taxistas estão descontentes com a administração e com a proibição de não poderem trafegar nas faixas”, comenta José Fioravanti.

“Está havendo um prejuízo muito grande para a categoria, com multas e pontuação na CNH. Nestas horas, a força política faz a diferença. Tenho certeza que se o vereador Salomão Pereira tivesse sido eleito, ele estaria à frente dos interesses desta categoria e os taxistas teriam o direito de transitarem nas faixas. A classe conhece o seu trabalho. Um vereador que ficou 90 dias na Câmara e fez o que muitos não fizeram, não podemos ter dúvidas sobre o seu empenho. Os taxistas desta cidade estão precisando de um bom líder”, protestou o presidente da Federação.

“Quero aproveitar esta oportunidade, para agradecer e parabenizar o Senhor Salomão Pereira pela iniciativa de criar um sistema de segurança para os taxistas. Não basta acontecer o assassinato e alguém, que representa a classe, comparecer ao velório e no dia seguinte continuar a rotina normal. Salomão tem se preocupado com a violência e está buscando no mercado de tecnologia uma forma de inibir que o bandido entre no táxi. O taxista precisa ter consideração por quem tem se preocupado com sua atividade. Sem o apoio do Salomão, o táxi ainda seria considerado “bico”. Foi ele que elaborou, junto com esta Federação, o projeto que legalizou a profissão”, finalizou Fioravanti.