Projeto de lei do vereador Salomão Pereira pode aumentar o faturamento do taxista

Em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo, o projeto de lei nº 148/2011, do vereador Salomão Pereira, libera o taxista, em horário de pico (das 6 às 10h e das 17 às 20h), a transportar até quatro passageiros em seu táxi. A cobrança seria realizada por passageiro, e os valores poderiam variar de R$ 12 a R$ 15, de acordo com a distância. Se aprovado, a adesão dos taxistas será facultativa, mas os profissionais que aderirem irão faturar mais.

“O táxi não será transformado em linha de lotação. O taxista será livre para ir e voltar de qualquer bairro. Ao realizar três ou quatro atendimentos desta natureza, nos horários de pico, irá faturar mais do que se fizesse quatro ou cinco corridas transportando apenas um passageiro”, declarou Salomão, autor do projeto.

“A proposta deste projeto é ajudar no faturamento do taxista, fazendo com que mais pessoas se utilizem dos táxis, deixando os carros em casa. Quem vem à cidade vai pagar por uma hora de estacionamento R$ 15, e se demorar oito horas, que é o tempo de serviço, vai gastar, no mínimo, R$ 30. Usando o táxi vai ficar mais barato, além de não perder tempo no trânsito e gasto com combustível”, declarou o vereador.

“Temos que ver o serviço de táxi como um meio de transporte essencial para a cidade, não só para quem reside, mas também para os que vêm de fora, a negócios ou a passeio. Sempre defendi que o taxista deve ser autorizado a usar os corredores de ônibus, o que já é permitido, e hoje luto para que as faixas exclusivas também sejam liberadas. A proibição da utilização das faixas está causando prejuízos para a categoria, com multas e ausência de passageiros. Quem toma um táxi é porque tem pressa para chegar a seu destino. Se o taxista é obrigado a pegar o trânsito congestionado, o passageiro acaba perdendo o interesse por esse tipo de transporte”.

“Em 2011, quando assumi o cargo de vereador, poucos projetos tramitavam na Câmara Municipal em favor do taxista. Hoje temos 16, todos de minha autoria. Estes projetos estão parados por falta de um vereador para defendê-los nas comissões. No período de eleição, todos dizem que estão dispostos a defender a categoria, mas depois, tudo cai no esquecimento. Espero que nas próximas eleições os taxistas e suas famílias saibam utilizar seu voto, e não caiam em armadilhas e enganações.”

“O prefeito também pode atender os taxistas e liberar as faixas exclusivas para a circulação de táxis por decreto. Com isso, certamente muitas pessoas deixarão de usar o carro e passarão a usar os táxis”, lembrou Salomão Pereira.  

Chile possui táxis coletivos e cidadãos aprovam
 
Várias cidades chilenas possuem táxis coletivos. Esses veículos fazem rotas pré-determinadas, são identificados com cores diferentes dos táxis comuns e possuem letreiros luminosos com o itinerário. O valor é fixo por passageiro, e os carros levam até quatro pessoas por viagem.

Na capital, Santiago, existem linhas de metrô suficientes para atender todos os pontos da cidade. Porém, muitos passageiros usam os táxis coletivos como alternativa de transporte e para se deslocar até as estações de metrô. O táxi coletivo também é visto como um meio de se evitar congestionamentos na cidade, já que, teoricamente, retira das ruas até quatro veículos.