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Taxista José Cestari fala de sua experiência e das diferenças entre as praças de Porto Alegre e Rio
Ele pretendia ficar na praça por 30 dias, apenas. Era mais uma das inúmeras profissões de José Cestari. Acabou ficando por 29 anos e seis meses guiando táxis como auxiliar em Porto Alegre. Além da atividade, ele dá palestras motivacionais aos companheiros, sempre com bom humor. No Rio de Janeiro, o gaúcho surpreendeu os taxistas cariocas com as condições de trabalho que goza na capital do Rio Grande do Sul. Muitos terminaram com o desejo de se transferir de cidade.
Para Cestari, o taxista é o cartão de visita da sociedade. Reconhece que o mundo de hoje é bem diferente, com internet, redes sociais e globalização. E quem não se adaptar está fora do mercado.
As diferenças da praça ficam claras entre os gaúchos e os cariocas. Mas Cestari tem resposta para essas questões. Para ele, a capital gaúcha é a melhor cidade brasileira em questão de transportes:
“O Brasil tem 5.565 municípios e cada cidade tem sua determinação de alvará. O Rio é diferente de Porto Alegre. Na capital gaúcha não existem cooperativas de táxi. Apenas uma no aeroporto. Lá tem uma empresa pública, a EPTC, que comanda o setor. Hoje estão cadastrados 10 mil motoristas de táxi entre homens e mulheres, com 3.925 alvarás. Os demais são auxiliares”.
Cestari explica que Porto Alegre conta com pontos fixos e pontos livres.
“Os pontos fixos contam com telefone e prefixo dos carros que podem estar parados ali. No ponto livre qualquer um pode parar. O ponto fixo tem que ter um telefone, constituído por uma empresa, com um delegado, um supervisor, uma comissão de disciplina, funcionários e o conselheiro do ponto”.
Ao contrário do Rio de Janeiro, em Porto Alegre o motorista é livre para fazer corridas para outro município. E ainda ganha um dinheiro extra:
“Costumo levar turistas para Gramado e Canelas. Quando tem esses congressos e feiras, levo a hora que eu quiser. O motorista de táxi, andando com o passageiro, dá informações turísticas. Em Porto Alegre, tem restaurante que premia o taxista que levar clientes para eles. No final, o taxista ganha bônus como almoço, entre outros benefícios. São parcerias que fazemos pela cidade. Tem hotéis que dão 20 reais por passageiro”.
Cestari diz que é feliz como taxista. “Fico triste quando não estou trabalhando”, concluiu.
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