De quem é a tempestade?

O Rio de Janeiro mostrou que ainda não está preparado para enfrentar uma forte tempestade. De quem é a responsabilidade? De fato, muitas das obras necessárias para tornar o Rio e a Região Metropolitana livre das enchentes deixaram de ser realizadas desde a metade do século passado. À responsabilidade governamental se juntam as práticas da população relacionadas ao lixo e aos hábitos sociais.


Existe uma pressa frenética em arrumar determinados setores. Vejam o Maracanã. Ele tem que estar pronto para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas. Escolhemos este caminho há alguns anos. Ao voltarmos todos os esforços em sua remodelação, de acordo com os critérios da Fifa, deixamos de dar considerável atenção a outros problemas, como aqueles que fazem com que os rios da região transbordem e causem transtornos para moradores, pedestres e motoristas.


A estes problemas se juntam as construções irregulares. Falta conhecimento necessário à população para erguer prédios de forma correta. Com isso, vemos estruturas erguidas em encostas, temerárias até para leigos em construção civil. O resultado é prédio caindo.


Temos que considerar exagero inaceitável o caso de morte provocada por tempestades. Uma morte sequer. A tarefa de manter a integridade humana deve ser compartilhada. Afinal, se constituímos uma sociedade é o nosso dever zelar pela segurança. A segurança de nosso vizinho também depende de nós.


Com este pensamento em mente, temos que estimular a solidariedade, não só em tempos de catástrofe. Há alguns anos, engenheiros devidamente registrados em seus conselhos cogitaram realizar um mutirão de vistoria em prédios, principalmente nas áreas mais carentes da Região, com o objetivo de alertar para a segurança. Este ano, uma lei – a da autovistoria – pretende fazer com que a própria população se encarregue de vistoriar seus prédios com a finalidade de dar mais segurança a seus próprios usuários.


A existência de uma lei como esta indica a impossibilidade do Poder Público em garantir a segurança dos milhões de prédios de uma cidade grande, em sua totalidade. Um laudo de vistoria predial custa muito caro. Outro problema a ser enfrentado. Mas que tem que ser contornado, pois é a segurança do morador que está em questão.


Não podemos dizer que o Poder Público está omisso na questão da infraestrutura contra os males provocados pelos temporais. Obras estão sendo realizadas com este objetivo. O que lamentamos é a pressa com que certos empreendimentos estão sendo executados. A Via Binária foi posta em operação sem a estrutura necessária contra os alagamentos. E parte do elevado da Perimetral já foi destruída. Problemas causados pelo tom frenético das obras.


O verão está na nossa porta. E sabemos que teremos novas tempestades. Fiquemos alerta. Pressionemos, sim, os governantes e políticos, mas também vamos ter cuidado com o que ocorre ao nosso redor. Nossa ação também é fundamental.

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