Polícia faz operação contra desmanches ilegais em São Paulo

Peça furtada levou responsável pelo comércio para a cadeia

Em 1º de agosto as polícias civil e militar, o instituto de criminalística, a Secretaria Estadual da Fazenda e o Ministério Público realizaram uma ação contra os desmanches irregulares nas zonas norte e oeste da capital. Dos nove locais fiscalizados, seis não atendiam à Lei dos Desmanches, e foram lacrados e emparedados pela prefeitura.

Uma pessoa foi presa por receptação, após os policiais flagrarem um capô de um Gol modelo 2008 que constava nos arquivos da polícia como vítima de furto. Em três operações, foram vistoriados 27 comércios, dos quais 18 foram interditados e autuados.

Lei dos Desmanches pretende atacar o furto e roubo de veículos

A Lei dos Desmanches determina que as empresas do setor se registrem nos órgãos estaduais de trânsito. Além disso, um carro só poderá ser desmontado depois de expedida a certidão de baixa do registro, documento emitido pelo Detran quando os veículos são considerados irrecuperáveis.

Também haverá a criação de um banco nacional de dados abrangendo os carros desmontados, as atividades exercidas pelas empresas do setor e as peças destinadas à reposição.

A ideia é que a nova lei iniba a ação dos criminosos que roubam e furtam carros, atacando a receptação das peças roubadas. Segundo a polícia, a maioria dos carros vítimas dos bandidos são desmontados rapidamente, e as peças servem para abastecer o mercado negro, que tem nos desmanches irregulares sua principal fachada.