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Mais um taxista é assaltado por usuário de aplicativo

Esse é o segundo relato de assalto por supostos passageiros da Easy Táxi. Empresa diz não possuir responsabilidade sobre as ações.


Depois da publicação da matéria “Taxista é assaltado por passageiro usuário de aplicativo” na edição 743 da Folha do Motorista, mais um taxista procurou a redação do jornal para relatar um caso semelhante. Antonio Francisco, que trabalha há mais de 25 anos na praça, foi vítima de criminosos no dia 25 de junho.


Antonio utiliza regularmente aplicativos para conseguir mais passageiros, e acabou se tornando vítima de um assalto. “Eu começo a trabalhar bem cedo, às 4 horas da madrugada. Nesse dia saí de casa, liguei o aplicativo Easy Taxi e já recebi uma solicitação de corrida. O passageiro estava me aguardando no Extra Anchieta”, lembrou o taxista.


Assim que entrou no carro o suposto passageiro pediu para o taxista parar um pouco mais à frente, para dar carona a dois amigos. “Nessa hora eu percebi que tinha algo errado, mas já era tarde. Dois deles sentaram no banco de trás e um na frente. Eles estavam bem vestidos, tinham aproximadamente 25 anos e eram brancos”.


A vítima foi levada para uma rua sem saída próxima à Via Anchieta, e lá os criminosos anunciaram o assalto. Enquanto o rapaz que estava no banco da frente revistava e pegava o dinheiro e os dois celulares do taxista, a dupla sentada atrás o ameaçava com uma arma. “Eles foram bastante agressivos, e a todo o momento diziam que iriam me queimar”, afirmou Antonio.


O taxista foi deixado no local, e imediatamente procurou a delegacia mais próxima para registrar a queixa. “O delegado me disse que eu tive sorte porque não fiquei ferido. Segundo ele, naquela mesma noite outros três taxistas tinham sido assaltados na região, e um deles estava bastante machucado”.


O taxista entrou em contato com a Easy Taxi para relatar o ocorrido, e perguntou para a atendente se haveria algum tipo de ressarcimento. “A atendente simplesmente me disse que eles não podem fazer nada, porque eu não fui assaltado pela Easy Taxi”. Agora, Antonio só utiliza aplicativos durante o dia, e em locais mais movimentados e próximos ao centro.


“Eu acredito que a falta de controle no cadastro dos passageiros faz com que esse tipo de crime aconteça. Do taxista são exigidos documentos e comprovantes, mas os passageiros só precisam informar um nome. O bandido se cadastrou como Rodrigues, mas tenho certeza de que esse nome é falso”, finalizou Antonio.


Relembre o assalto anterior.
Casos são muito semelhantes.


O taxista Wellington Luis Bispo dos Santos foi vítima de um assalto em 07 de junho, e os bandidos também utilizaram o aplicativo Easy Taxi. O caso foi publicado na edição 743 da Folha do Motorista.


A semelhança com o crime cometido contra o taxista Antonio Francisco é evidente. Wellington também foi vitimado no período da manhã (às 5h20), na Zona Sul de São Paulo. Nesse primeiro caso, os assaltantes estavam em dupla.


Os itens levados pelos bandidos também foram os mesmos. Wellington foi ameaçado com uma arma de fogo, e os assaltantes roubaram dois celulares e R$ 550 em dinheiro.


O aplicativo Easy Táxi afirmou ao taxista que não iriam assumir nenhuma responsabilidade sobre as ações dos passageiros. Na ocasião, Wellington foi informado que esse tipo de incidente nunca havia acontecido. Agora, já são pelo menos dois taxistas vítimas de supostos passageiros da Easy Táxi.


Passageiro não precisa comprovar identidade para utilizar o app


A simplicidade para se cadastrar e chamar um táxi através do aplicativo Easy Taxi acabou atraindo a atenção dos criminosos. Para se cadastrar é necessário apenas possuir um e-mail e informar um nome, que pode ser falso e não precisa ser completo.


Como não é solicitado nenhum tipo de documento, como RG ou CPF, na prática os passageiros do aplicativo são pessoas anônimas, que não podem ser rastreadas.


Essa falta de controle é exatamente o contrário do que acontece no cadastro de um taxista que deseja utilizar a tecnologia. Os profissionais da praça precisam apresentar o alvará de estacionamento, condutax, comprovante de residência, documento do veículo, além de documentos pessoais (RG e CPF).


Easy Taxi não se pronunciou


A redação da Folha do Motorista solicitou uma posição da Easy Taxi sobre mais esse caso de violência. Como anteriormente, a empresa não se pronunciou até o fechamento desta edição.

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