A indústria da multa e a falta de prioridades

O prefeito Fernando Haddad criou em São Paulo uma verdadeira indústria da multa para arrecadar milhões de reais por ano, que acaba penalizando o bolso dos motoristas e não é utilizada para o bem da população.

Os radares se proliferaram pela cidade. Em lugares inesperados, escondidos e escamoteados, estão lá contabilizando as infrações uma por uma, como se fossem uma grande máquina registradora feita somente para engordar o caixa da máquina pública.

O jornal Agora mostrou recentemente que um único radar, instalado na alça de acesso da ponte das Bandeiras na pista sentido Castelo Branco na marginal Tietê, captou 375.021 infrações por conversão proibida à direita. É o radar campeão de multas na cidade, que rende milhões para a Prefeitura. É absurda essa quantidade de irregularidades, mas não basta multar.

A pergunta é: para onde está indo essa dinheirama? Mesmo com tanto dinheiro, o contrato de manutenção e modernização dos semáforos foi suspenso pela Secretaria Municipal dos Transportes, colocando os motoristas em risco. O contrato firmado em 2013 por R$ 220 milhões  previa o funcionamento dos 4.800 semáforos da cidade, a substituição de equipamentos antigos, instalação de nobreaks e aterramento dos controladores.

É preciso também investir em campanhas educativas para reduzir o número de acidentes envolvendo motoristas, pedestres e ciclistas, que apresentam bons resultados. Como provou a campanha pelo uso da faixa de pedestres, que reduziu em 30% os atropelamentos.

A cidade tem muitos problemas, desde a condição precária das creches até a condição lastimável das unidades hospitalares municipais. O pior é que todas as dificuldades e complexidades do dia a dia de São Paulo são amplificadas por conta de um prefeito que não sabe planejar, nem priorizar o que é prioridade. Por isso estamos abandonados com ruas e avenidas esburacadas, calçadas mal cuidadas, árvores caindo, sinalização precária.

É um cenário desolador, que pode colocar os motoristas em risco quando voltar o período das chuvas. O prefeito Haddad consegue nos provar diariamente que não há limites para a inépcia e ineficiência.

Os taxistas agora têm um representante político

Como líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo tenho acompanhado o trabalho do vereador Salomão Pereira, e posso afirmar que ele conhece a categoria taxista como ninguém. Hoje, os taxistas paulistas podem ter certeza de que são bem representados politicamente. Salomão é um defensor árduo, comprometido e está fazendo a diferença com suas ideias e projetos.

Andrea Matarazzo
Vereador e líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo