Audiência Pública na Câmara Municipal debateu problemas da categoria

Conhecida como a Casa do Povo, a Câmara Municipal de São Paulo se transformou mais uma vez, no dia 25 de maio, na Casa do Taxista, ao debater em Audiência Pública a situação do Táxi Preto.

Expressei, na ocasião, meu apoio a todas as demandas dos amigos e amigas taxistas que trabalham nessa modalidade. Condenei com muita firmeza um fato que incomoda a todos: a prática abusiva da 99 Táxis em conceder descontos aos passageiros sem que o taxista seja avisado sobre isso.

Entendo que se a empresa opta por dar descontos para atrair mais clientes, o custo dessa estratégia de mercado não pode ser absorvido pelo taxista. Ele tem que receber o valor da corrida real (aquele efetivamente marcado no taxímetro aferido pelo Ipem), descontado apenas o percentual da taxa de intermediação, que não pode ser abusivo.

Tenho circulado muito por pontos de táxis em toda a cidade. Os relatos da situação dramática vivida pelos taxistas me fazem ter certeza de algumas coisas. No diálogo com meus colegas vereadores procuro passar exatamente o que percebo ao conversar com taxistas, ou seja, que a crise econômica por si só já afeta a categoria em cheio. Mas as lambanças feitas pelo prefeito Fernando Haddad e a equipe de Rodrigo Pirajá, da SP Negócios, atingiu os taxistas feito um tsunami.

Decreto afrontando a lei. Portarias concebidas como verdadeiras porcarias. Isso sem falar da estranha história de interesse familiar na empresa multinacional Uber. É insustentável um panorama como este. Por isso continuo lutando para que a Câmara Municipal derrube o famigerado decreto do prefeito Fernando Haddad que regulamentou o compartilhamento de veículos e apresente um novo Projeto de Lei, de autoria de todos os vereadores, de modo a garantir os direitos dos taxistas.