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Juan Manuel Fangio, pentacampeão de Fórmula 1, atribuía seu desempenho a postura confortável. Sentado ao volante, moldava os detalhes anatômicos do seu corpo ao assento e ao encosto. Depois, certificava-se de que os movimentos das pernas e dos braços estivessem inteiramente livres, para que, durante a corrida, nada o incomodasse e perturbasse sua concentração.
Constato que em vias da cidade os condutores, provavelmente executivos, deixam os casacos no banco de trás ou pendurados. E por quê? Porque certamente o casaco atrapalha seus movimentos e torna-se desconfortável, além de amarrotado.

Agora, nós taxistas, somos obrigados a usar blazer, peça de vestuário que Fangio jamais vestiria para dirigir. E no aeroporto de Congonhas vê-se os fiscais da SPTRANS a questionar os taxistas de modo constrangedor. E vejam o paradoxo: estes fiscais usam uniformes que os fazem parecer trabalhadores braçais da Sabesp ou coletores de lixo. Para nos questionar deveriam estar mais bem vestidos do que nós.

É lamentável que o nosso Sindicato, em conluio com a Secretaria de Transportes, conforme Veja denunciou, nos imponham a obrigatoriedade do blazer. Não foi uma decisão inteligente. Decisão inteligente já deveria ter sido adotada há muito, quando a prefeitura sugeriu aumentar a frota em alguns milhares de carros, e eu, por carta, sugeri 5 mil. Mas o Sindicato, em manifestação conservadora, sempre se recusou a tal procedimento, apesar do crescimento dos bairros e da população. Esta falta de visão dá margem para que o Uber e outros aplicativos encontrem espaço para nos atormentar. Portanto, o presidente Natalício Bezerra da Silva é o grande culpado!

Nossos clientes querem um táxi e se o obtiverem de imediato pouco lhes importa que os atendamos até de bermudas. O Uber  combate-se com mais táxis e não com essas baboseiras de blazer, sapatênis, tailleur e outros tais. Um pullover, e os há muitos bonitos e elegantes, por exemplo, molda-se ao corpo e nos deixa bem vestidos, apresentáveis e soltos.

Portanto reconsiderem: pior do que mudar de ideia é não ter ideias para mudar!

Talvez vocês não saibam, mas muitos taxistas têm dificuldades para comprar um blazer. Quando o uso da camisa social se tornou obrigatório muitos não tinham dinheiro para comprá-la. A esposa de um taxista meu conhecido lavava a única camisa social à noite e de manhã terminava de secá-la no ferro para ele poder ir trabalhar. Vocês que estão aí no "bem bom" do Sindicato precisam saber dessas maldades e carregá-las na consciência.

Jaime Manuel da Costa Ferreira
Coordenador do Ponto 3018

Gostaria de sugerir uma matéria sobre a demora na liberação da carta de isenção de IPI pela Receita Federal. Dei entrada no pedido de isenção na unidade da Receita Federal do Tatuapé em março de 2016, ou seja, a mais de 60 dias, e apesar do processo ser digital, até agora nada.

Estive na Receita Federal do Tatuapé na semana passada para saber o andamento de meu processo, e a informação que obtive foi que agora que estão liberando os pedidos de isenção efetuados em janeiro de 2016.

Ivo Pereira - leitor

Caro Ivo,

Essa edição do jornal Folha do Motorista aborda a demora na liberação das cartas de IPI pela Receita Federal. Saiba mais na página 06.

Meu nome é Thelma Acioly, sou esposa de taxista e escritora, e estarei lançando meu próximo livro, “A moça do brinco de ruby”, no dia 04 de junho na Rua Dr. César 165 - Armazém Cervejaria, próximo ao metro Santana. Gostaria de contar com a presença de todos.

Thelma Acioly - leitora