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“Taxistas do Táxi Preto estão ganhando só para o combustível”

Declaração foi dada por um taxista, que está com as prestações do carro atrasadas por falta de trabalho


Taxis pretos - reclamação“Estou ganhando somente para o combustível”. Com essa frase o taxista Manoel Fernandes Ribeiro resume o drama daqueles que viram na nova modalidade de táxi de São Paulo, os Táxis Pretos, a possibilidade de uma melhora de vida. Depois de trabalhar durante 40 anos como segundo condutor o sorteio de um alvará trouxe expectativas, que em pouco tempo foram frustradas pela falta de planejamento da prefeitura. A última ação errada da atual administração liberou carros particulares para realizar o mesmo serviço sem pagamento de outorga.


“As corridas que chegam pelos aplicativos são insuficientes. Quando muito eu faturo para abastecer, e já estou com duas prestações do carro atrasadas. Conheço taxistas que também estão com o pagamento da outorga na prefeitura atrasado, e em situação financeira muito difícil”, afirmou Manoel.


Segundo ele a prefeitura deveria permitir que os Táxis Pretos atendessem os passageiros fora dos aplicativos, e para isso é necessário a instalação do luminoso. “Poderia ser um luminoso diferente, identificado com as palavras “Táxi Preto”, para diferenciar dos carros da Uber e da categoria luxo, que tem uma tarifa maior. Eu fiz um modelo para tirar foto e colocar na Folha do Motorista, e peço que a Secretaria de Transportes nos ajude nessa questão”.


O taxista (Táxi Preto) afirma que abrir esse novo campo de trabalho, atendendo os passageiros que sinalizam nas ruas, é a única saída para os taxistas do Táxi Preto não desistirem do pagamento da outorga. “Muitas pessoas olham para os nossos carros, e percebemos que elas querem pegar um táxi. Mas, como só atendemos por meio de aplicativos perdemos essas corridas e a possibilidade de ganhar mais e pagar nossas contas em dia”.


Outra reclamação dos taxistas da nova modalidade Táxi Preto é a tarifa praticada pelos aplicativos. De acordo com Manoel, para as corridas fora do município não é cobrado o adicional de 50% permitido para os táxis comuns, e ainda são descontados 30%, sendo 15% da taxa do aplicativo e mais 15% de desconto para o passageiro. “É um absurdo porque o aplicativo faz promoção com o nosso dinheiro. Eles dizem que é para fazer concorrência com a Uber, mas são os taxistas que bancam esses descontos”.


Manoel afirma que seria mais correto se os aplicativos cobrassem exatamente a tarifa marcada no taxímetro, tirassem a sua comissão normalmente, mas sem maiores descontos. Além disso, o Táxi Preto não conta com a bandeira 2, que é normal nas outras categorias. “Podemos trabalhar a noite inteira e não temos nenhum tipo de adicional. Todas as profissões recebem adicional noturno, menos nós”.


O taxista finaliza afirmando que está com medo de que não consiga honrar com seus compromissos. “Se a prefeitura não mudar as regras do Táxi Preto, eu e muitos outros colegas vamos perder nossos carros para o banco e teremos que devolver a outorga para a Prefeitura. Nós não estamos faturando para pagar as contas”.


Comunicado proibindo luminoso não tem força de lei


De acordo com o vereador Salomão Pereira o comunicado da prefeitura que proibiu o uso de luminoso nos Táxis Pretos não tem força de lei, e não pode se sobrepor à Lei 7.329, de 11/07/1969, que regulamenta o serviço de táxi.


“A Lei 7.329, em seu artigo 15º, letra (b), diz que o veículo táxi deverá ser dotado de caixa luminosa com a palavra ‘Táxi’. Desta forma, o comunicado nº 8 que o DTP publicou no Diário Oficial não é mais forte do que uma lei. Isso foi um erro do departamento em não orientar o diretor sobre o que assegura a lei”, afirmou.


PL quer carência de 24 meses para o pagamento do alvará do Táxi Preto


Atendendo à necessidade dos taxistas dos Táxis Pretos o vereador Salomão Pereira apresentou um Projeto de Lei (PL) dando um prazo de 24 meses de carência para o início do pagamento dos alvarás de estacionamento. Salomão acredita que, por ser um serviço novo, os profissionais precisarão de um período de adaptação, e não podem ser penalizados em suas finanças com o imediato pagamento das outorgas à Prefeitura.


“Os taxistas precisaram comprar carros luxuosos e caros, e ainda não têm passageiros suficientes para ganhar um bom salário. Além das despesas do dia a dia, irão pagar seguro e manutenção do veículo, alimentação na rua e combustível. É necessário que a categoria se firme, respire, para depois pagar o alvará”, afirmou o vereador.


O alto preço dos alvarás, dinheiro que vai para os cofres da Prefeitura, irá pesar no orçamento dos taxistas. Os valores podem ser parcelados em até 60 meses com reajuste pela taxa Selic, mas mesmo assim existem muitos pais de família preocupados com suas contas nos próximos meses.


O PL já foi publicado no Diário Oficial, e precisará passar por duas votações na Câmara Municipal antes de ir para a sanção do Prefeito Fernando Haddad. Salomão afirma que está correndo contra o tempo para aprovar o projeto em regime de urgência, pois entende a necessidade imediata dos taxistas. “Eu estou sempre atento ao que acontece com esta categoria, e por isso apresentei esse projeto”, afirmou o vereador.

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