Quais as saídas para o decreto de compartilhamento de veículos?

Estar pessoalmente com amigos e amigas taxistas num diálogo aberto e transparente, seja nos pontos espalhados pela cidade, nas sedes das cooperativas ou mesmo no meu gabinete. Essa é a forma ideal de sentir e refletir sobre a dura realidade vivida atualmente  pela categoria e, ao mesmo tempo, manter os taxistas informados sobre o meu trabalho enquanto vereador comprometido, desde sempre, com esses valorosos profissionais.

Nas conversas mantidas com a categoria fica claro o tamanho do estrago provocado pelo prefeito Fernando Haddad no sistema de transporte individual e remunerado de passageiros. A desastrosa gestão Haddad, onde até interesses familiares se inseriram na construção do famigerado sistema de compartilhamentos de veículos, pode ser consertada por duas vias distintas.

A primeira delas requer um ato de humildade do próprio prefeito, ou seja, ele mesmo revogar o decreto do compartilhamento entregando para a Câmara Municipal a tarefa de elaborar um projeto de lei fruto do entendimento entre os 55 vereadores.

A outra possibilidade de colocar ordem na bagunça montada por Fernando Haddad com assessoria direta do senhor Rodrigo Pirajá, presidente da SP Negócios, vem da via judicial.

Nesse sentido, temos que aguardar o posicionamento do Ministério Público. O subprocurador de justiça, Nilo Spinola, recebeu a minha representação questionando a legitimidade do decreto do prefeito. O subprocurador avalia agora se as normas baixadas por Fernando Haddad são ou não constitucionais. Se o entendimento for pela inconstitucionalidade, Nilo Spinola, seguirá adiante pedindo na justiça o embargo do decreto.

O momento então é de expectativa, que não impede continuarmos trabalhando para que na própria Câmara Municipal seja criado um clima de entendimento, capaz de consertar o desastre produzido por um prefeito e assessores que nada entendem do sistema de táxi da cidade de São Paulo.