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Taxistas não faturaram nos Jogos Olímpicos do RJ

Prefeitura do Rio de Janeiro impôs restrições de tráfego e afetou a arrecadação dos táxis
    

Giro na Praça FM772Os Jogos Olímpicos não foram lucrativos para os taxistas do Rio de Janeiro. A concorrência desleal e a prioridade para o transporte público deixaram pouco espaço para trabalhadores antigos, como Jorge, com 32 anos de praça, e seu colega Juarez, 42 anos na ativa em Copacabana.


Jorge reclama que apenas táxis vinculados a dois aplicativos puderam atuar nos locais dos jogos. Ele lembra até um caso onde o taxista teve o táxi rebocado porque atendeu a um passageiro que queria chegar a sua residência.


“Trabalhamos em frente a um motel que fez um pacote com outra empresa. Para nós, não sobrou nada. Nos dois primeiros dias tivemos um pouco de movimento, mas depois, acabou”, reclama Jorge. “Usaram muito o transporte de massa, como pedido”, diz Juarez.


Espectadores dos jogos de vôlei ficaram sem transporte público durante a madrugada de 9 de agosto. O metrô parou de funcionar a partir da 1h30min. Mesmo assim, os táxis foram impedidos de atender passageiros nas áreas dos jogos. “A Guarda Municipal não nos deixou pegar passageiros. Quem estava lá teve que esperar até às seis horas da manhã. Existe como sempre uma perseguição muito grande ao taxista. A prefeitura sempre nos excluiu. Nunca chamou o taxista para ser parceiro. Quando o estrangeiro chega ao aeroporto somos nós o primeiro cartão de visitas”, afirmou Jorge.


Os taxistas também criticam o sistema de faixas de trânsito que excluiu o taxista e só permitiu o tráfego de carros da “família olímpica”. “Outro problema foi e continua sendo o Uber”, disse Jorge.


Já Juarez reclamou da arrecadação. Mesmo sendo proprietário do veículo, ele cita como exemplo seu faturamento do dia 10 de agosto: R$ 135, o que considera muito pouco. Apesar das dificuldades durante os Jogos, Jorge diz que o problema é pontual. “Hoje o táxi é sorte e trabalho. Quando não se tem sorte, se tem trabalho. Só pedreira”, definiu.


Redação Folha do Motorista RJ

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