Campeonato Mundial de futebol decepciona taxistas do Rio de Janeiro

Excesso de feriados e engarrafamentos reduzem ganhos dos profissionais

A Copa do Mundo, tão falada como possibilidade de grandes oportunidades para os taxistas, está se tornando uma decepção, principalmente para aqueles que trabalham nas sedes dos jogos. Apesar do grande número de turistas nas ruas, fatores como feriados prolongados e grandes engarrafamentos são apontados pela categoria como prejudiciais a atividade, que teve o número de corridas reduzido.

Para garantir a mobilidade urbana nos dias dos jogos, a Prefeitura do Rio de Janeiro tem decretado feriados parciais ou totais. Autoridades municipais esperavam 850 turistas vindos de toda a parte do mundo. Mas durante o início do torneio muitos engarrafamentos tiraram a paciência dos motoristas. A liberação antecipada de funcionários em dias de jogos da Seleção Brasileira de Futebol aliada ao fechamento de ruas como as do entorno do Maracanã provocou congestionamentos no trânsito às duas da tarde.

Segundo a Prefeitura, a medida reduziu em 40% o número de veículos em circulação na região da Grande Tijuca.

Os feriados prolongados também foram problemas enfrentados por taxistas. Cooperativas que trabalham junto a empresas tiveram suas corridas reduzidas. O presidente da Rio de Janeiro, Maurício Gomes disse que a Copa não trouxe um aumento de corridas esperado. Ele explica que, com os feriados prolongados, as empresas liberando funcionários, cooperativas que atendem a empresas foram prejudicadas:

“Foi gerada uma expectativa grande. A úlima Copa no Brasil foi em 1950. Mas na realidade está sendo um fiasco”, disse.

O taxista auxiliar Mário Júnior disse que tem atendido a muitos turistas, principalmente nos bairros da orla. Chilenos, argentinos, colombianos e pessoas de outras nacionalidades invadiram a Zona Sul carioca.

Para o permissionário Marinaldo Gomes, o período da Copa é marcado pela redução do número de passageiros. Ele passou para o rolé há menos de um mês em plena competição. Ele também culpa os engarrafamentos:

“Quando as empresas liberam os passageiros sai todo mundo ao mesmo tempo do trabalho. A gente pega um passageiro e fica preso no trânsito. Podemos ver muitos acenando para táxi, mas estamos embarcados e não podemos atender”.

Marinaldo revela que os colegas da praça estão decepcionados com a Copa. Mas podemos ter outro evento semelhante. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, acena com a possibilidade de um mundial de clubes no Brasil, em 2017 e 2018. Vem aí novos engarrafamentos.