Nova diretoria do Galeão enfrenta organização de táxis no Aeroporto

Taxistas se dividem em relação aos pontos oficiais da Prefeitura

O consórcio Rio Galeão assumiu a administração do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro no dia 12 de agosto de 2014 e anunciou investimentos nas suas instalações no valor de R$ 2 bilhões até abril de 2016. Mas o início da nova administração desagradou parte dos taxistas que lá trabalham. De acordo com Marcos Lorenz, o número 015 da Aerotáxi, ainda há muito a ser feito nos pontos do Terminal 2, pois a gritaria promovida por quem oferece táxi transmite uma péssima imagem da capital fluminense.

Sandro Fernando, diretor comercial do consórcio, disse em entrevista à Rádio Band News FM que foram promovidas várias reuniões com representantes de cooperativas de táxi do local. Não houve mudanças e os pontos permanecem os mesmos:

“Hoje é possível uma nova organização da fila de táxis  facilitando o embarque e desembarque de passageiros”, disse.

Sandro explica que os táxis passam a fornecer recibo com o número da placa do veículo e um telefone de reclamações – 3004-5060 – disponível a qualquer passageiro para criticas e sugestões.

Estacionamento sofre reajuste de 40%

Além do Galeão, o aeroporto de de Confins, em Minas Gerais, também passou a ser administrado pela iniciativa privada, desde a terça-feira, dia 12 de agosto. O preço do estacionamento no Galeão ficou 40% mais caro. Nos dois aeroportos, houve um reajuste em 3, 67% nas tarifas de embarque. Para voos internacionais, os valores agora são de R$ 41,40 e, em voos domésticos, R$ 23,37. A ANAC informou que os reajustes já estavam previstos e que as obras em andamento no Aeroporto de Confins continuarão normalmente pelos próximos dois anos.

“Teremos muito trabalho para oferecer serviço compatível com a expectativa do carioca e do passageiro em geral. Temos  muito que fazer para realmente entregar o serviço ao nível esperado”.

Fiscalização rigorosa

Os problemas na disputa por passageiros foram abordados pela nova direção do Galeão. Sandro diz que, depois de reuniões com a categoria, ficou estabelecida uma fiscalização rigorosa, fruto de uma parceria entre Aeroporto e cooperativas:

“Será feita pelos próprios taxistas.  Teremos rondas periódicas para supervisionar o serviço de táxis”, explicou Sandro.  

Taxista reclama

Para o taxista Marcos Lorenz, integrante da Aerotáxi e atuante no Galeão, o Terminal 2 do Aeroporto  “denigre a porta de entrada do Rio de Janeiro”:

“Ali acontece uma gritaria por táxi. Esperávamos resolver este problema com a nova administração. As cooperativas têm contrato com o Aeroporto. Apesar disso, a Prefeitura criou um ponto onde qualquer taxista pode parar. O atrito é inevitável. Cada cooperado paga entre R$ 1.100,00 e 1.200,00. Uma cooperativa paga ao Galeão R$ 45 mil para ocupar o ponto. E os custos são ainda mais elevados. Mantemos, em média, 80 funcionários em cada cooperativa. Somos 480 táxis e 700 motoristas, incluindo auxiliares. No Galeão atuam sete cooperativas, entre comuns e especiais. Ao todo, são 1300 carros. Por isso é necessário organização”, disse o taxista.

Lorenz lembra que o aeroporto não recebe voos a todo o momento. Segundo afirma, por volta das 12h, o Galeão para de receber aeronaves e o movimento de passageiros sofre queda. Com isso, muitos taxistas ficam parados por um tempo razoável até a chegada de uma aeronave.

“Por isso, precisamos de mais organização”, conclui Lorenz.