Taxistas executivos criam central de cooperativas para unir forças contra piratas

Nova organização pode comprar veículos e peças com facilidade

Perda de espaço para carros particulares usados como táxi e necessidade de união por melhores condições de trabalho foram alguns dos motivos que levaram motoristas de táxi executivo a criarem a Cooperativa Central dos Táxis Executivos do Município do Rio de Janeiro. A organização reúne a Transcoopass, a Coopertramo, a Coopatur e a Royalcoop, antigas cooperativas de táxi especial da capital fluminense, em operação desde 31 de maio de 2014.

As cooperativas Cootramo e Transcootur foram convidadas mas ainda não aderiram. O presidente da Transcoopass, Djalma Sales Barbosa, e o diretor-fnanceiro Augustinho, explicam que o objetivo da Central é  beneficiar os motoristas de todas as cooperativas ligadas:

“Quando você se une com iguais se torna mais forte”, disse o diretor financeiro. Outras vantagens apontadas pelo grupo são a força institucional possibilitada pela união das cooperativas em uma única entidade, sem interferir nos assuntos internos de cada uma. São melhores condições de compra coletiva e obtenção de preços bons na contratação de planos de saúde, entre outros benefícios.

O serviço de táxi executivo era chamado de especial. Tem um público leal há 50 anos, composto por empresários, particulares, autoridades em geral. Pessoas que buscam a excelência. O Rio de Janeiro tem cerca de 900 motoristas que prestam este tipo de serviço, devidamente credenciados.

Os carros utilizados no serviço são top de linha, como Corolla, Spin e Doblô.

“Esse é o nosso padrão. Com banco de couro, multimídia, WI FI, apetrechos que nos são exigidos como forma de diferenciação”, explica Djalma.

Djalma explica ainda que a formalização da central de cooperativas de táxi executivo possibilita a aglutinação de forças para a compra de veículos novos, pneus, etc.,

“Seus organizadores não recebem salários ou qualquer remuneração, pois já recebem por suas cooperativas de origem. Chegaram a dizer que iríamos ganhar vinte mil reais. Isto é uma falácia. A diretoria que compõe a central nada recebe, como consta no Estatuto aprovado em Assembleia. A Central não tem poder para destituir diretorias ou interferir na vida interna das cooperativas integrantes”, explicou.

A criação de uma central reunindo as antigas cooperativas especiais é vista como alternativa contra a crescente ação dos táxis piratas na cidade. Para Agostinho, o futuro do segmento de táxi executivo se confunde com o sucesso da Central.