Polícia Militar prepara medidas para tornar a praça mais segura

Comandante diz que PM elabora cursos e cartilhas de segurança para taxistas

O assassinato do taxista Wallace Bittencourt Sofia, cooperativado 262 da Coopsind, quando guiava seu táxi na Via Light, foi mais um evento que chocou a categoria. Desta vez, a Polícia Militar do Rio de Janeiro recebeu comissão de profissionais com o objetivo de traçar planos contra este tipo de crime. A PM prepara ações ainda este mês, como a utilização de novas tecnologias e um programa de treinamento voltado para os próprios motoristas para tornar a atividade mais segura.

Tecnologias como câmeras nos táxis e utilização de novidades tecnológicas estão em estudo. O comandante geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Íbis Silva Pereira, recebeu uma comissão de taxistas no dia 10 de dezembro de 2014 e anunciou a adaptação de cursos para taxistas nos mesmos moldes dos realizados com porteiros de prédios da capital fluminense.

“Além de implementar as operações policiais voltadas para esta categoria pretendemos fazer treinamento dos taxistas para pequenas dicas de segurança. A gente está costurando medidas que passam pela utilização de ferramentas novas tecnologias para que o taxista tenha mais proximidade. Acredito que a proximidade possa reduzir a violência contra taxistas”, disse o comandante.

No passado, a PM do Rio de Janeiro desenvolveu cursos de segurança semelhantes para porteiros de edifícios. Seguindo os mesmos moldes, a Polícia prepara uma cartilha de orientação de segurança exclusiva para taxistas:

“Espero começar o curso em janeiro. Vai depender dos profissionais taxistas. O curso para porteiro foi um sucesso. Esta categoria dos taxistas tem outra demanda. Mas acho que será uma troca de experiência muito boa, tanto para os profissionais do volante quanto para a polícia”, disse o coronel.

O comandante geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro espera um 2015 mais seguro para o taxista:

“É uma categoria importante. São mais de 30 mil profissionais. O Rio de Janeiro é uma cidade turística e o taxista faz parte desta lógica. É uma categoria que a gente tem que ter muito carinho. O taxista não pode sofrer violência no exercício de sua atividade profissional”, disse.

Na ocasião, o comandante recebeu familiares do taxista Wallace, que deixou esposa e dois filhos. No dia seguinte, a Polícia divulgou o retrato-falado do assassino.