A história de um grande líder: “Perante a lei, todos são iguais”

O líder que defendeu a igualdade entre brancos e negros vai fazer falta ao mundo. Na África, país com maior parte da população negra, os brancos detinham o poder e aos negros não era permitido nenhum tipo de liberdade civil. Havia uma segregação racial imposta e vergonhosa, além da desigualdade social que mantinha os brancos com as riquezas e os negros na miséria.

Nelson Mandela, com sua bravura e idealismo, em sua juventude buscou conquistar a liberdade para a sua nação. Após anos de lutas, dois companheiros se uniram a ele para lutar pelo respeito das autoridades como seres humanos e trabalhadores.

Mesmo tendo ficado quase 30 anos preso, Mandela cumpriu sua pena sem questionamento, sabendo que ao seu lado tinha um povo que lhe defendia. Infelizmente, a repressão do regime que governou a África do Sul impôs à maioria negra o seu domínio, e à Mandela a prisão. Não era permitida qualquer ação por parte dos negros, e até mesmo manifestações custaram a vida de muitos.

Mandela será lembrado através da história. Suas conquistas de liberdade não se restringiram ao seu país, mas chegaram aos lugares mais distantes do mundo. Através de sua liderança e sempre pregando a paz, passou a ser ouvido por outros governantes antes mesmo de sua libertação da prisão. O presidente Frederik De Klerk, um líder branco, libertou Mandela da prisão, e deu ao povo a liberdade de escolher o seu representante por meio do voto. Ao sair da cadeia, Mandela foi eleito presidente com quase 70% dos votos.

"A casa é sua, irmão". Este foi o espírito do convite feito pela população da Bahia para recepcionar Mandela na capital mais negra do Brasil, no evento realizado na Praça Castro Alves, no dia 3 de julho de 1991. Mais de 150 mil pessoas estiveram presentes para ouvir as palavras do grande líder.

A história deste homem certamente estará presente nos livros. Mas a missão de Mandela na terra já foi cumprida, e agora chegou a hora do merecido descanso, com Deus. Os preparativos para o funeral de Chefe de Estado do herói da libertação da África do Sul, que morreu no dia 05 de dezembro aos 95 anos, receberam a confirmação de presença de várias personalidades. Além de chefes de estado, como a presidenta Dilma Roussef, o primeiro negro eleito presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também estará presente. A apresentadora americana Oprah Winfrey e o casal Bill e Hillary Clinton também comparecerão.

A redação da Folha do Motorista