Com câmera no táxi, o ladrão desiste de assaltar o taxista

Taxista diz que trabalha mais segura com câmera no carro

A taxista Vanilde Rodrigues Soares está na praça há 38 anos. Já foi vítima de diversas tentativas de assalto, e em 2007 foi seqüestrada. Rodando com câmera de monitoramento em seu táxi, hoje se sente mais segura para trabalhar na praça.

“Vejo o sistema de câmeras nos táxis como um avanço. O passageiro entra no carro e já fica sabendo que o veículo está sendo monitorado. Os bandidos que costumam praticar assaltos contra nós, taxistas, pensarão duas vezes, porque saberão que serão presos com mais facilidade. Para praticar assalto ao taxista não tem idade e nem aparência: os criminosos que me seqüestraram estavam vestidos com roupas sociais e aparentavam ter uns 45 anos”, lembrou Vanilde.
Com o sistema de câmera instalado há quase dois meses, ela diz que os passageiros entram no carro e perguntam sobre o smartphone. “Eu explico que é um sistema de monitoramento por imagens, e todos os passageiros gostam da idéia. Muitos sugerem que a frota de táxi da cidade inteira deveria ter câmeras. Até o momento não entrou ninguém em meu carro que questionasse. Todos apóiam”.

Vanilde afirma que o valor pago pelo sistema de segurança por câmera não é nada se comparado com a sua vida. “O que me deixa mais tranqüila também é o adesivo informando sobre o monitoramento. O bandido, ao vê-lo, não cometerá o crime. Sua saída será pagar a corrida ou inventar uma desculpa e sair do táxi”.

As imagens gravadas pelo smartphone são enviadas para uma central de monitoramento, fora do país. “Já vi algumas imagens que foram gravadas no meu táxi, e a perfeição é total. Até o valor da nota que o passageiro paga a corrida nós podemos documentar. Eu começo o meu dia de serviço às três horas da madrugada, e mesmo no escuro as imagens são nítidas”, afirma Vanilde.

A central de monitoramento foi instalada fora do Brasil para proporcionar ao taxista mais segurança. O idealizador do projeto, Salomão Pereira, disse: “Se o passageiro entrar no carro na China, em menos de 20 segundos temos a imagem em nosso terminal. O sistema foi criado para proteger o taxista que trabalha durante o dia e a noite. A câmera não serve apenas para a identificação de assassinos, mas, principalmente, ajudará nos casos de assaltos, que são comuns todos os dias nos táxis da cidade”.

Salomão lembra que, recentemente conversando com um amigo taxista, soube que um assaltante armado havia lhe roubado todo o lucro do dia. “Com certeza esse bandido vai continuar assaltando outros taxistas, porque nada ficou registrado. Se aquele taxista já tivesse instalado o sistema de câmera em seu carro, com certeza ele não seria assaltado já que, ao entrar no carro, o bandido visualizaria o selo dizendo: Este veículo está sendo monitorado com registro de imagem para uma central”.

Entenda como funciona a câmera de segurança

Um smartphone é colocado em um suporte, próximo ao pára-brisa do veículo. As imagens começam a ser gravadas quando o passageiro entra no táxi, e ficam armazenadas em uma central. O aparelho smartphone é fornecido em comodato, e o taxista irá assinar um contrato de responsabilidade com a operadora de celular, a Coopetasp e a empresa que criou o software. O custo para a instalação do equipamento é R$ 250, mais R$ 110 por mês.

Os taxistas interessados devem entrar em contato com a Coopetasp: Telefone 2081-1015 / E-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.