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Conheça a história da “Moça do táxi” de Belém

A Loira do Taxi, Segundo uma lenda urbana, a jovem gostava de andar de carro e, mesmo depois de morta, voltava ao mundo dos vivos para passear de táxi pela cidade.

Josephina Conte morreu em 1931, mas voltou ao mundo dos vivos para passear de táxi

Josephina Conte nasceu em 1915, mas ainda hoje faz parte do imaginário popular em Belém, capital do estado do Pará. Segundo uma lenda urbana, a jovem gostava de andar de carro e, mesmo depois de morta, voltava ao mundo dos vivos para passear de táxi pela cidade. Os taxistas, sem desconfiar, levavam a falecida para passeios pela cidade e, ao final, ela os orientava a cobrar a corrida na casa de sua família. Quando a cobrança era feita, o motorista descobria que sua passageira da noite anterior já havia morrido de tuberculose, em 1931, aos 16 anos.

Moça do táxiDe lenda urbana, Josephina foi alçada ao status de "santa popular". Dezenas de pessoas a homenageiam com velas, flores e placas de mármore que fazem referência a bênçãos: segundo a necrópole de Belém, as visitas ao túmulo começaram na década de 40, e hoje o local é um dos mais procurados.

O escritor Walcyr Monteiro estuda o folclore de Belém há mais de 40 anos. Foi ele quem publicou, no livro “Visagens e assombrações de Belém”, de 1972, o primeiro registro escrito da história da Moça do Táxi. “Desde criança ouço falar da moça do carro de praça, pois em Belém não se usava a palavra táxi antes de 1960”. Segundo ele, existem várias versões da lenda. “Os trajetos variam: do cemitério para casa, da casa para o cemitério, e dizem ainda que, na data do seu aniversário, Josephina pede que o taxista faça um tour pela cidade”.

A lenda teve início cerca de cinco anos após a morte de Josephina. A família estava almoçando quando um chofer de táxi bateu à porta, para cobrar uma corrida. Ele explicou que no dia anterior havia apanhado uma moça em frente ao cemitério, e a levou até a Basílica. Ela rezou, pediu para deixá-la novamente no cemitério e cobrar a corrida na fábrica de calçados com o Sr. Nicolau (pai de Josephina).

Quando o motorista descreveu a passageira a família chegou a pensar que uma das irmãs de Josephina tivesse ido ao cemitério, e não havia pago a corrida ao taxista. O motorista ficou olhando para dentro da casa e apontou para um quadro dizendo “é aquela moça que ontem esteve no meu táxi”. A família ficou em choque, e informou que ela já havia morrido, há anos.

Outro fato intrigante ocorreu com a sepultura de Josephina. O pai da moça enviou uma foto para a Itália, para ser incrustada no mármore. Quando o mármore chegou ao Brasil, havia um broche de um carro, que na foto original não existia.

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