Assalto a taxista em SP já pode ser evitado com instalação de câmeras

Salomão Pereira, editor da Folha do Motorista e presidente da Coopetasp, em parceria com grandes empresas do mercado tecnológico, encontrou uma solução para inibir os assaltos aos taxistas: a instalação de câmeras nos veículos. Este ano 16 taxistas foram assassinados na capital, e muitos outros continuam sendo assaltados.

“Vários táxis já estão circulando com o sistema de segurança. Os veículos possuem um selo avisando sobre o monitoramento, e se o suposto passageiro tiver a intenção de praticar um assalto irá desistir, porque assim que ele entrar no carro sua imagem já estará registrada na central”, lembrou Salomão Pereira, idealizador do projeto.

“Hoje as câmeras existem em todos os lugares e têm auxiliado a polícia a capturar os criminosos. Este sistema chegou aos táxis um pouco tarde. Já perdemos muitos pais de família em assaltos, além dos prejuízos financeiros que os profissionais da praça enfrentam com os roubos. Com o sistema instalado no táxi, certamente há mais proteção. Os taxistas que utilizam aprovam e estão mais tranqüilos ao desempenhar suas funções, durante o dia ou à noite”, citou Salomão.

O projeto está ganhando força na categoria e no setor empresarial, e Salomão Pereira têm recebido várias empresas ligadas a comunicação que desejam conhecer o sistema e firmar parcerias. Segundo o empresário Edson Seigi Simizo, da Cerruns Equipamentos Eletrônicos, o sistema instalado nos táxis da cidade de São Paulo é usado em vários países desenvolvidos, inibindo os assaltos.

“Por ser uma classe com 35 mil profissionais, esse sistema já deveria ter sido implantado há anos. A classe tem um grande defensor ao seu lado, Salomão Pereira, que nos trouxe a idéia que foi levada para nossos fornecedores. Hoje, as câmeras nos táxis já são realidade na cidade”, declarou o empresário.

Antonio Carlos Paiva Maniçoba, que também possui a câmera em seu carro, já foi assaltado inúmeras vezes, e viu no sistema de segurança uma forma de continuar na praça. “Há um tempo pensei seriamente em deixar a profissão, por receio de assaltos. Agora decidi que vou continuar por mais um tempo, por causa da câmera de segurança que coloquei no meu táxi”.

“Quando o passageiro entra no táxi e verifica que o veículo é monitorado com registro de imagem enviada para uma central, já noto que seu comportamento é diferente. Não sabemos quem entra em nosso carro, já que os criminosos se passam por passageiros. Mas, com esse sistema, podemos afastar esses elementos dos táxis”, declarou Paiva.

Como funciona

Um smartphone é colocado em um suporte, próximo ao pára-brisa do veículo. As imagens começam a ser gravadas quando o passageiro entra no táxi, e ficam armazenadas em uma central, fora do país. Mesmo que o veículo ou o aparelho smartphone sejam roubados, os criminosos serão identificados porque suas imagens já estarão armazenadas na central. O sistema inibe a ação do criminoso e protege o taxista, já que o resgate das imagens não é acessível pelo veículo ou pelo celular.

O aparelho é fornecido em comodato, e o taxista deve assinar um contrato de responsabilidade com a operadora de celular, a Coopetasp e a empresa que criou o software.

O valor da instalação do equipamento é de R$ 250, e pode ser parcelado. A mensalidade, que engloba a manutenção de todo o sistema, custa R$ 110.

Os interessados podem procurar a sede da Coopetasp:
Telefone 2081-1015 / E-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.