Acidente com ônibus mata taxista e passageiro em SP

Táxi categoria luxo foi esmagado por ônibus na Zona Sul

Um acidente na manhã do dia 12 de fevereiro causou a morte de duas pessoas e ferimentos em oito na Avenida Vereador José Diniz, Zona Sul de São Paulo. Por volta das 7h20 um ônibus articulado, que trafegava pelo corredor exclusivo, esmagou um táxi e ainda bateu na traseira de outro ônibus, ferindo vários passageiros.

As duas vítimas fatais estavam no táxi envolvido no acidente, modelo Corolla, categoria luxo. O taxista e o passageiro foram retirados sem vida das ferragens, cerca de três horas após o acidente, quando o ônibus foi removido de cima do carro.

O passageiro do táxi era um executivo francês, vice-presidente da Helibrás, fabricante de helicópteros. Cirille Fourny, de 50 anos, era casado com uma brasileira, tinha dois filhos, de 9 e 14 anos, e estava a caminho do trabalho no Campo de Marte. Já o taxista se chamava Ronaldo Coutran, tinha 45 anos e estava na praça há 22. Deixou dois filhos, de 11 e 18 anos.

Oito passageiros do ônibus se feriram sem gravidade, e foram encaminhados para hospitais da região. O motorista do ônibus, Jaime Bonasé, diz ter sido “fechado” pelo taxista. Os bombeiros disseram que pode ter havido uma falha no freio, já que não há marcas de frenagem do ônibus.

A polícia vai investigar as causas do acidente. Jaime afirmou que trafegava abaixo de 50 km/h, que é o limite de velocidade na via. O caso foi registrado como homicídio culposo e lesão corporal culposa, mas não houve indiciados. A polícia irá examinar câmeras de segurança da região e aguardar o laudo da perícia, que ficará pronto em 30 dias.

Opinião de Salomão Pereira: houve imprudência do motorista do ônibus

A justificativa do motorista do ônibus, que afirma ter sido fechado pelo taxista, não tem fundamento. O taxista vinha no corredor, e por imprudência o motorista do ônibus provocou o acidente. Ele não estava a 50 km/h para provocar um acidente desta gravidade.

Depois da polêmica de proibir os táxis nos corredores, é comum ver motoristas de ônibus dirigindo perigosamente quando há táxis na via. É importante que a Cooperativa da qual fazia parte o táxi envolvido no acidente acompanhe de perto a perícia, e coloque um bom advogado no caso. É fácil acusar quem não está mais entre nós para se defender.