Taxista recebe multa com foto de veículo ilegível

O taxista Ílio Caldana, que trabalha na praça há 12 anos, recebeu uma multa de uma infração cometida em 20 de janeiro deste ano. Ao verificar os dados que constam no aviso enviado pelos Correios, Ílio percebeu que, na data e horário especificado estava parado no ponto, localizado na Rua Doutor Diogo de Faria, na Vila Clementino.

Seria mais um caso onde a palavra do taxista e a palavra da CET entram em confronto, se não fosse por um detalhe: a foto que consta no aviso de multa está totalmente ilegível, não permitindo a identificação do local ou da placa do veículo.

Para tentar reverter o absurdo de receber uma multa sem ter a identificação do veiculo comprovada, o taxista se dirigiu ao posto do Detran localizado na Avenida do Estado. Dentro do posto, no local onde os serviços da CET podem ser consultados, Ílio solicitou uma foto legível para demonstrar que o carro multado não lhe pertencia. Outra foto foi providenciada pelos funcionários, mas a imagem continuou embaçada, não permitindo a visão da placa do carro.

A própria funcionária que o atendeu achou a situação confusa, e pediu para que o taxista fizesse uma contestação da multa, afirmando que o carro fotografado não lhe pertence. Esse pedido de cancelamento foi feito em 12 de fevereiro. O prazo para a resposta sobre a anulação ou não do processo se encerra em 12 de março.

O taxista, que dirige há mais de 30 anos, recebeu a multa por fazer uma conversão à direita em local proibido. A infração é considerada grave, com perda de 5 pontos na carteira. Ílio não se conforma, e desabafa. “Eu vou até o fim para provar que não cometi esse deslize. Sempre respeitei todas as normas de trânsito, e não tenho nenhum ponto na minha carteira. Não é justo receber uma multa com a foto do carro ilegível, e ainda ter que pagar pelo que eu não fiz”.

Ano de 2013 teve recorde de multas aplicadas em São Paulo

A CET registrou novo recorde de multas no ano passado. Em 2013 foram aplicadas 10,1 milhões de autuações, um aumento de 2% em relação a 2012. Foram mais de 10,1 milhão de multas, o que equivale a uma média de pelo menos mil anotações por hora, e de 16 registros por minuto.

O excesso de velocidade foi apontado como principal infração em 2013, com 3,14 milhões autuações, seguido pelo desrespeito ao rodízio e pelo estacionamento em local proibido. A implantação de novas faixas e corredores de ônibus na cidade foi responsável por 393,1 mil autuações.

A arrecadação com multas de trânsito até novembro de 2013 chegou a R$ 766 milhões, um aumento de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para 2014 a previsão é de que sejam recolhidos até R$ 1,1 bilhão com as infrações.